terça-feira, 31 de agosto de 2010

Declaração Indígena contra hidrelétrica Belo Monte





Declaração Indígena Depois do Leilão da Usina Hidréletrica Belo Monte

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Nós, indígenas do Xingu, não queremos Belo Monte
Nós, indígenas do Xingu, estamos aqui brigando pelo nosso povo, pelas nossas terras, mas lutamos também pelo futuro do mundo.
O presidente Lula disse na semana passada que ele se preocupa com os índios e com a Amazônia, e que não quer ONGs internacionais falando contra Belo Monte. Nós não somos ONGs internacionais.

Nós, 62 lideranças indígenas das aldeias Bacajá, Mrotidjam, Kararaô, Terra-Wanga, Boa Vista Km 17, Tukamã, Kapoto, Moikarako, Aykre, Kiketrum, Potikro, Tukaia, Mentutire, Omekrankum, Cakamkubem e Pokaimone, já sofremos muitas invasões e ameaças. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, nós índios já estávamos aqui e muitos morreram e perderam enormes territórios, perdemos muitos dos direitos que tínhamos, muitos perderam parte de suas culturas e outros povos sumiram completamente. Nosso açougue é o mato, nosso mercado é o rio. Não queremos mais que mexam nos rios do Xingu e nem ameacem mais nossas aldeias e nossas crianças, que vão crescer com nossa cultura.

Não aceitamos a hidrelétrica de Belo Monte porque entendemos que a usina só vai trazer mais destruição para nossa região. Não estamos pensando só no local onde querem construir a barragem, mas em toda a destruição que a barragem pode trazer no futuro: mais empresas, mais fazendas, mais invasões de terra, mais conflitos e mais barragem depois. Do jeito que o homem branco está fazendo, tudo será destruído muito rápido. Nós perguntamos: o que mais o governo quer? Pra que mais energia com tanta destruição?

Já fizemos muitas reuniões e grandes encontros contra Belo Monte, como em 1989 e 2008 em Altamira-PA, e em 2009 na Aldeia Piaraçu, nas quais muitas das lideranças daqui estiveram presentes. Já falamos pessoalmente para o presidente Lula que não queremos essa barragem, e ele nos prometeu que essa usina não seria enfiada goela abaixo. Já falamos também com a Eletronorte e Eletrobrás, com a Funai e com o Ibama. Já alertamos o governo que se essa barragem acontecer, vai ter guerra. O Governo não entendeu nosso recado e desafiou os povos indígenas de novo, falando que vai construir a barragem de qualquer jeito. Quando o presidente Lula fala isso, mostra que pouco está se importando com o que os povos indígenas falam, e que não conhece os nossos direitos. Um exemplo dessa falta de respeito é marcar o leilão de Belo Monte na semana dos povos indígenas.

Por isso nós, povos indígenas da região do Xingu, convidamos de novo o James Cameron e sua equipe, representantes do Movimento Xingu Vivo para Sempre (como o movimento de mulheres, ISA e CIMI, Amazon Watch e outras organizações). Queremos que nos ajudem a levar o nosso recado para o mundo inteiro e para os brasileiros, que ainda não conhecem e que não sabem o que está acontecendo no Xingu. Fizemos esse convite porque vemos que tem gente de muitos lugares do Brasil e estrangeiros que querem ajudar a proteger os povos indígenas e os territórios de nossos povos. Essas pessoas são muito bem-vindas entre nós.

Nós estamos aqui brigando pelo nosso povo, pelas nossas terras, pelas nossas florestas, pelos nossos rios, pelos nossos filhos e em honra aos nossos antepassados. Lutamos também pelo futuro do mundo, pois sabemos que essas florestas trazem benefícios não só para os índios, mas para o povo do Brasil e do mundo inteiro. Sabemos também que sem essas florestas, muitos povos irão sofrer muito mais, pois já estão sofrendo com o que já foi destruído até agora. Pois tudo está ligado, como o sangue que une uma família.

O mundo tem que saber o que está acontecendo aqui, perceber que destruindo as florestas e povos indígenas, estarão destruindo o mundo inteiro. Por isso não queremos Belo Monte. Belo Monte representa a destruição de nosso povo.

Para encerrar, dizemos que estamos prontos, fortes, duros para lutar, e lembramos de um pedaço de uma carta que um parente indígena americano falou para o presidente deles muito tempo atrás: " Só quando o homem branco destruir a floresta, matar todos os peixes, matar todos os animais e acabar com todos os rios, é que vão perceber que ninguém come dinheiro " .
Cacique Bet Kamati Kayapó, Cacique Raoni Kayapó Yakareti Juruna, representando 62 lideranças indígenas da Bacia do Xingu.

Autores: Cacique Bet Kamati Kayapó, Cacique Raoni Kayapó and Yakareti Juruna

Publicado originalmente em Valor Econômico - 20 abril, 2010

Querem destruir os rios Araguaia e Tocantins.

Xavantes debatem impactos de hidrelétricas na bacia do Araguaia. (Glenn Switkes)

Os rios Araguaia e Tocantins, drenando um total de 767.000 km², fluem do planalto central do Brasil rumo ao norte, para o canal sul do rio Amazonas, a montante de Belém.
Existem duas ameaças principais ao sistema do Araguaia–Tocantins, que, se analisadas juntas, poderiam significar a morte do rio e de sua vida aquática. A primeira é o plano do governo brasileiro de construir 80 hidrelétricas na bacia – 12 grandes hidrelétricas no canal principal do rio Tocantins (quatro já estão em operação), sete no rio Araguaia (ainda livre de represas), e mais 14 grandes barragens e 47 barragens menores nos tributários águas acima. Outro plano é de canalizar e explodir formações rochosas num trecho de 1.782 km do Araguaia e seu tributário, o rio das Mortes, assim como trechos do Tocantins para construir uma via industrial, ou hidroviapara diminuir o custo do transporte de soja para exportação. Ao longo dos rios vivem 11 grupos étnicos distintos, totalizando mais de 14.000 pessoas. A bacia é especialmente rica em espécies de peixe, com cerca de 300 delas já identificadas. Também, no Araguaia é a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal.


Glenn Switkes




sexta-feira, 27 de agosto de 2010

DICAS PARA FAZER UMA MONOGRAFIA























1 – DICAS PARA FAZER UMA MONOGRAFIA

Ao final de uma graduação, o acadêmico precisa apresentar sua monografia. As dúvidas surgem. Fazer um trabalho acadêmico exige muito de qualquer pesquisador ou estudante. Além de todo esforço em torno do tema do trabalho, é fundamental ainda, adequá-lo às normas de apresentação. Afinal, de nada vai adiantar você empenhar todos os seus esforços no desenvolvimento do tema se na hora de apresentá-lo ele não estiver dentro dos padrões estabelecidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Esses padrões foram criados por Comissões de Estudo que são formadas por diferentes grupos com participação de universidades e laboratórios, além de produtores e consumidores. Eles serão cobrados em quaisquer apresentações de trabalhos acadêmicos e não cumpri-los representa falta grave que levará sua apresentação ao fracasso.
Neste tutorial, pretende mostrar as características fundamentais para montar corretamente a estrutura do trabalho acadêmico e usar corretamente as formatações necessárias de acordo com aquilo que a ABNT estabelece. Boa Leitura!

2 – APRESENTAÇAO

A capa é elemento obrigatório na apresentação de trabalhos acadêmicos. Embora algumas informações sejam de presença opcional, como o nome da instituição, por exemplo, há dados que são indispensáveis. Na capa da sua monografia é indispensável que conste seu nome, o título do trabalho e, quando houver, o subtítulo da obra. Além disso, se o trabalho for composto de vários volumes, isso precisa ser informado na capa. Para fechar a lista de informações obrigatórias, não se pode esquecer do nome da cidade em que a instituição se localiza e o ano em que a obra será entregue.

3 – FOLHA DE ROSTO

A Folha de rosto é praticamente uma cópia da Capa. A diferença é que ela traz algumas informações obrigatórias que a capa não demanda. Há descrições mais detalhadas na folha de rosto. É o caso da natureza do trabalho. Trata-se de um texto breve em que conste o tipo da apresentação - que pode ser uma tese, dissertação ou trabalho de conclusão de curso -, além do objetivo da realização do mesmo - como obtenção de grau ou aprovação em disciplina determinada – nome da universidade e a área de concentração. Outros itens obrigatórios da Folha de Rosto são os nomes do orientador e, se houve, co-orientador do projeto.

3.1 – VERSO DA FOLHA DE ROSTO

Deve conter a ficha catalográfica, conforme o Código de catalogação Anglo-Americano - AACR2 vigente.

4 0 – ERRATA

Embora seja uma parte opcional no trabalho, a errata pode ser uma ferramenta valiosa para compensar algum escorregão que passou pelo processo de impressão. Ela deve ser posicionada logo depois da folha de rosto. Para localizar o erro é preciso usar uma referência em que se informe a página e a linha onde se encontre o erro. Em seguida expõe-se o texto da errata e imediatamente ao lado a correção.

5.0 – FOLHA DE APROVAÇAO

Mais um item obrigatório, a Folha de Aprovação deve estar na seqüência da Folha de Rosto. É aqui que será feita a avaliação do trabalho por parte dos examinadores. Por isso, além do nome do autor, título e subtítulo – se necessário -, natureza, objetivo do trabalho, nome da universidade e área de concentração, é preciso constar o nome dos avaliadores, titulação e o nome das instituições das quais cada uma deles faz parte. A assinatura dos destes será posta nesta folha, juntamente com a data da aprovação, tão logo a avaliação esteja concluída.

6.0 – DEDICATORIA, AGRADECIMENTOS E EPIGRAFE

Não são elementos obrigatórios, mas podem ser usados pelo autor caso queira dedicar o trabalho a alguém, fazer algum agradecimento a pessoas que contribuíram de maneira relevante com o trabalho ou adicionar alguma epígrafe antes do início do trabalho, o que pode também ser feito na própria folha inicial do texto.

7.0 – RESUMO DA LINGUA VERNACULA

Esta parte, obrigatória, é usada para que o autor faça uma breve síntese do trabalho. A ABNT aconselha que o Resumo tenha no máximo 500 palavras que devem ser distribuídas em frases concisas e objetivas que descrevam o trabalho, desde sua elaboração, objetivo, metodologia e conclusão. Recomenda-se que as frases estejam na terceira pessoa do singular e em voz ativa. Também aqui deve ser feita uma pequena lista de palavras (no mínimo três palavras) para indexação.

8.0 – RESUMO DA LINGUA ESTRANGEIRA

O resumo em língua estrangeira tem exatamente a mesma configuração do Resumo da Língua Vernácula e também é obrigatório. Deve estar numa página separada. Em inglês ABSTRACT, em espanhol RESUMEN, em francês RÈSUMÉ. Da mesma forma, é necessária a lista de no mínimo três palavras (no idioma escolhido) para indexação.

9.0 – LISTAS

Nenhuma dessas quatro listas é obrigatória de acordo com a ABNT. Mas se você decidir usá-las, deve fazer da seguinte forma:

Ilustrações

A Lista de ilustrações deve ter os itens ordenados da forma como aparecem no trabalho com o respectivo nome e a página em que se localiza. No caso de haver vários tipos diferentes de ilustrações (quadros, mapas, gráficos, etc), é aconselhável que se use uma listagem para cada tipo para organizar melhor;

Tabelas

A Lista de tabelas segue esquema idêntico ao de ilustrações;

Abreviaturas

A Lista de abreviaturas e siglas deve ser feita respeitando a ordem alfabética das mesmas conforme uso no trabalho. Elas devem ter a expressões correspondentes escritas imediatamente ao lado;

10 – SUMARIO

Trata-se de peça obrigatória no trabalho acadêmico e deve ser disposto de maneira que as partes da monografia apareçam descritas com o nome idêntico àquele que está contido no texto com o número exato da página.

11 – INTRODUÇÃO , DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO

A introdução é a parte em que o autor vai mostrar o que o trabalho vai abordar, o propósito da pesquisa, os limites da abordagem, e todas as informações relevantes para nortear o leitor.
O desenvolvimento é a maior parte do trabalho de monografia. É aqui que será feita, de maneira ordenada e detalhada da maneira mais ampla e relevante possível, a exibição do assunto do trabalho e do método empregado. Esta parte poderá ser dividida em seções e subseções.
Este espaço deve ser usado para as conclusões finais do trabalho a partir de suas teses iniciais e objetivos.

12 – REFERENCIAS

As referências podem aparecer em diferentes partes do trabalho: no rodapé, no fim do texto ou de um determinado capítulo, em lista de referências ou antes de resumos e resenhas, por exemplo.
Toda referência é alinhada à esquerda e a referência que diz respeito à mesma obra é separada pelo espaço simples. Para separar uma referência da outra, usa-se espaço duplo. No rodapé, as referências são alinhadas à esquerda a partir da segunda linha da referência de maneira a ficar abaixo da primeira letra da primeira linha de maneira que destaque o expoente e sem espaço entre elas.

12.1 – MONOGRAFIA OU LIVRO NO TODO

Aborda livro, manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário, teses e dissertações, entre outros. Aqui os itens obrigatórios são: autor, título, edição, local, editora e data de publicação.

Há possibilidade de acrescentar mais itens.

12.2 – MONOGRAFIA OU LIVRO NO TODO EM MEIO ELETRONICO

Aborda livro, manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário, teses e dissertações em meios eletrônicos como CD-ROM, sites etc. Aqui, além do autor, título, edição, local, editora e data de publicação, é obrigatória a descrição física do meio eletrônico.

Quando se tratar de um site, deve-se escrever a expressão “Disponível em:” seguida do endereço eletrônico da página grafado entre os sinais < >. Além disso, deve-se colocar na seqüência a expressão “Acesso em:” seguido da data de acesso ao dado. A ABNT não recomenda a publicação de material que fique disponível por um período curto na Internet.

12.3 – PUBLICAÇÃO PERIODICA COMO UM TODO

No caso de utilização de trechos de artigos, matérias jornalísticas ou seções, é preciso, obrigatoriamente, citar o título da publicação, local, edição, data de início e término da publicação.

Caso necessário, pode-se colocar outras informações para ajudar na identificação.

12.4 – PARTES DE REVISTAS

Ao usar trechos de matéria jornalística de revista, é preciso citar o autor ou autores, título da parte, artigo ou matéria, título da publicação, local de publicação, numeração correspondente ao volume e ano, fascículo ou número, paginação inicial e final e data ou intervalo de publicação.

12.5 – PARTES DE JORNAL

Ao usar trechos de matéria jornalística de jornais, é preciso citar o autor ou autores, título, nome do jornal, local de publicação, data da publicação seção, caderno ou parte do jornal e a paginação equivalente. Se não houver caderno ou parte, cite a página em que a matéria está e a data.

12.LEGISLAÇÃO

Quando você citar uma lei dentro do seu trabalho é imprescindível que sejam identificados: a jurisdição, título, numeração, data e dados da publicação. Em Constituições e emendas, entre o nome da jurisdição e o título, coloque a palavra “Constituição” com o ano de promulgação entre parênteses.




13 – CITAÇÕES

Para usar informações retiradas de outras fontes, você precisa seguir orientações específicas para esse fim. Elas abordam transcrições textuais de parte de uma obra, citação direta ou indireta de texto da qual não se teve acesso aos originais, notas de referência e de rodapé.
Nas citações, quando chamadas com o sobrenome do autor, instituição ou nome da obra, use letras maiúsculas e minúsculas.
Somente quando a citação for feita entre parênteses você deve usar todo o texto em caixa alta.
É preciso que, ao citar diretamente uma fonte, você traga no texto as seguintes informações: página, volume, tomo ou seção em que foi feita a consulta, data, separada por vírgulas e precedido pelo termo que os caracteriza.

13.1 – CITAÇÕES NO TEXTO

Se a citação feitas no corpo do texto que tiver até três linhas, precisam ser feitas dentro de aspas duplas.
Para citações com mais de três linhas no corpo do texto, use recuo de 4 centímetros em relação à margem esquerda. Nesse caso, não use aspas e trabalhe com tamanho de fonte menor em relação àquele utilizado no texto do trabalho.

13.2 – SUPRESSÕES, INTERPOLAÇÕES, COMENTÁRIOS, ENFASE E DESTAQUE.

Para supressões use: [...] Exemplo:
Barbour (1971, p. 35) descreve: “O estudo da morfologia dos terrenos [...] ativos [...]”

Em casos de interpolações, acréscimos ou comentários: [ ] Exemplo:
“não se mova [como se isso fosse possível], faça de conta que está morta.” (CLARAC, BONNIN, 1985, p. 72).

Para ênfase ou destaque, pode-se usar grifo, negrito ou itálico, a critério do autor. Exemplo:
“[...] desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que, aparecendo o classicismo como manifestação de passado colonial [...]” (CANDIDO, 1993, v. 2, p. 12, grifo do autor).

13.3 – NOTAS DE RODAPÉ

Para as notas explicativas, use o esquema numérico. No caso das notas usadas para citar outra obra, trabalhe com o sistema autor-data. A partir da segunda linha da mesma nota, é preciso que o alinhamento siga o da primeira letra da primeira palavra. Não use espaço entre elas e trabalhe com fonte em tamanho reduzido em relação ao usado no texto.

14 – GLOSSÁRIO

O Glossário é opcional, mas seu uso é indicado para a relação de palavras de uso específico, como terminologias estritas de determinadas áreas. As palavras devem ser listadas em ordem alfabética acompanhadas das respectivas definições .




15 – APENDICES

Apêndices são documentos complementares ao trabalho acadêmico, elaborados pelo autor. De uso opcional, apêndices são nomeados com letras maiúsculas em seqüência que respeite a ordem alfabética, seguidas de travessão e o título do mesmo.
Se houver mais apêndices do que letras no alfabeto, usa-se letras dobradas.

16 – ANEXOS

Anexos são textos ou documentos complementares ao trabalho acadêmico, não desenvolvidos pelo autor. Também opcional, anexos são nomeados com letras maiúsculas em sequência que respeite a ordem alfabética, seguidas de travessão e o título do mesmo.

Se houver mais anexos do que letras no alfabeto, usa-se letras dobradas.






17 – INDICE

Listagem de palavras ou frases organizadas por critérios variados cujo objetivo é localizar elementos dentro do trabalho. O índice não é um item obrigatório na monografia.

18 0 – FORMATO

A ABNT estabelece também algumas diretrizes em relação ao formato da monografia. É preciso utilizar papel no formato A4 (21cm x 29,7 cm) e o texto deve ser digitado em papel na cor branca no anverso da página. Somente a Folha de Rosto terá conteúdo impresso nas duas páginas da folha. É indicado que o autor use fonte no tamanho 12 para o conteúdo regular da monografia. Para citações, notas de rodapé, legendas e paginação, recomenda-se o uso de fonte em tamanho menor e uniforme. Deverá ser respeitado recuo de 4 centímetros em relação à margem do papel para citações com mais de três linhas.

18.1 – MARGEM

Do lado esquerdo e na parte superior, a margem deve ser de 3 centímetros. Para o canto direito e a parte inferior, as margens não podem ultrapassar 2 centímetros.

18.2 – ESPAÇAMENTO

A regra básica de espacejamento é que o texto seja digitado com espaço de 1,5. A regra só não se aplica para notas de rodapé, referências, citações com mais de três linhas, legendas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição e área de concertação. Para esses casos há duas recomendações: para Referências, usa-se dois espaços simples. Em todos os demais, a orientação é que se use o espaço simples.
Você deve usar dois espaços 1,5 para separar os títulos de seções e subseções do texto que os sucederem. Por sua vez, o título e subtítulo precisam estar posicionados no topo da mancha.
ATENÇÃO: a natureza do trabalho, objetivo e nome da instituição devem ser alinhados no meio da mancha para a margem direita quando contidos na folha de rosto e folha de aprovação .

18.3 – NOTAS DE RODAPÉ

Sempre dentro da margem, as notas de rodapé devem estar separadas do texto regular da monografia por espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 centímetros contados a partir da margem esquerda.

18.4 – INDICATIVOS DE SEÇÃO

Para indicar numericamente uma determinada seção, use o número antes do título dela. O algarismo deve estar alinhado à esquerda e separado pelo espaço de um caractere.

18.5 – PAGINAÇÃO

Para numerar as páginas do trabalho, é necessário iniciar a contagem a partir da folha de rosto. Entretanto, elas não devem ser numeradas. Isso só será feito a partir da primeira folha do texto (introdução). Os números das páginas precisam ser posicionados no canto superior direito a dois centímetros da borda superior da folha de maneira que o último algarismo do número fique a dois centímetros da borda direita da folha. Apêndices e anexos seguem a mesma regra e devem ser numerados de acordo com a seqüência do trabalho.

18.6 – NUMERAÇÃO PROGRESSIVA

A numeração progressiva é usada para explicitar a sistematização do conteúdo do trabalho. Deve-se usar algarismos arábicos e limitar a numeração até a seção quinária. Para indicar seções primárias use sempre números inteiros, partindo do número 1 (um). Já para as secundárias, é preciso acrescentar a indicação primária da qual faz parte, e o seu número obedecendo a sequência de assuntos. Os dois números são separados por ponto.

18.7 – SIGLAS

As siglas devem ser precedidas pelo nome que elas simbolizam e precisam ser colocadas entre parênteses. Essa disposição deve ser aplicada somente na primeira vez em que a sigla aparece no texto. Nas outras vezes, basta usar a sigla.

18.8 – EQUAÇÕES E FORMULAS

Ao usar fórmulas ou equações no texto é preciso destacá-las. Para tanto, quando preciso, aconselha-se o uso de números entre parênteses, alinhados à direita. Caso o autor opte por usar as equações dentro do texto corrido, poderá utilizar espaço entrelinha um pouco maior para haver espaço para os eventuais elementos de uma equação, como expoentes e índices.

18.9 – ILUSTRAÇÕES

Devem sempre ser identificadas na parte inferior de maneira que seja antecedida pela seqüência composta pela palavra que a designa junto do número que ordena as aparições das ilustrações no trabalho. A legenda deve ser escrita de forma simples e direta, para rápida e total compreensão por parte do leitor. É aconselhável que as ilustrações sejam dispostas o mais próximo possível da parte do texto em que são citadas. Essa regra vale para qualquer tipo de ilustração - desenhos, esquemas, fluxogramas, fotos, gráficos, mapas, plantas, etc.)

19.0 – FIQUE ATENTO

Para conhecer outros itens não obrigatórios da estrutura de apresentação de trabalhos acadêmicos e ter acesso a todas as definições dessa estrutura, consulte a norma NBR 14724 da ABNT;

Mais detalhes sobre citações e acesso às diferentes variações possíveis para o rodapé estão na norma NBR 10520 da ABNT;

Se você quer saber mais detalhadamente como deve fazer ao usar referências de obras cujo autor é desconhecido, ou o padrão correto para obras com mais de três autores, ou ainda a forma correta de fazer referência a obras escritas sob pseudônimos, consulte a norma NBR 6023 da ABNT;
Para mais informações sobre numeração progressiva no trabalho, consulte a norma NBR 6024 da ABNT.




20 – CREDITOS

Texto: Marcel Frota
Edição: Renato Marques
Design: Bruno Tisséo e Ana Carolina Matsusaki
Fonte: ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)


Agradecimento: à ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que gentilmente cedeu as normas NBR 14724, NBR 10520 e NBR 6023 para que pudesse montar este tutorial.
Para aquisição de normas técnicas ou informações sobre a constituição destas, acesse: http://www.abnt.org.br.

Para identificação e aquisição de normas acesse: http://www.abntnet.com.br.